Cepa originária de Bordéus, muito difundida no Médoc no início dos anos 700, mas abandonado

pelo excessivo vigor e pela sensibilidade ao desavinho. Cultivada no norte oriental de Itália e no

Chile, suscitou um renovado interesse em Itália e noutros Países, graças a novos clones menos

vigorosos e com mais qualidade.

Caraterísticas ampelográficas: a casta apresenta uma evidente variabilidade intravarietal,

sobretudo, quanto ao vigor e às dimensões do bago. Pâmpano de ápice de cor verde clara com

margens rosadas. Folha orbicular, pentagonal com seio peciolar de margens sobrepostas. Página

inferior glabra. Cacho médio, cilindro-cónico, solto ou semi-solto. Bago pequeno com película

consistente; polpa de sabor herbáceo.

Aspetos de cultivo: cepa de notável vigor com porte da vegetação semi-ereto, pouco fértil; prefere

solos tendencialmente soltos pesados ou um pouco argilosos, não húmidos e ambientes

temperados-quentes com primaveras secas.

Formação e poda: exige formas expandidas e podas longas, devido à sua escassa fertilidade

basal. Requere a realização de periódicas podas verdes para evitar o excesso de vegetação.

Época de abrolhamento: média.

Época de maturação: média.

Produção: boa e constante.

Sensibilidade às doenças e adversidades: sensível à carência de potássio, à flavescência dourada

e ao vírus de enrolamento das folhas. Sensível ao desavinho devido ao excesso de vigor e

à deficiência floral.

Potencial enológico: produz vinhos de um caraterístico sabor herbáceo que pode ver-se atenuado,

dependendo do clone pré-eleito e da zona de cultivo. O perfil aromático e os traços

vegetais relembram intensas notas a maçã, especiarias e pimento. Adequado para envelhecimento

breve ou médio.

Clones em multiplicação: Carmenere R9, VCR22, VCR700, VCR702, ISVFV5, ERSAFVG320,

ERSAFVG321, ERSAFVG322, ERSAFVG323.

Clones de próxima apresentação à homologação: Carmenere VCR303, VCR308, VCR310, VCR147,

VCR17, VCR18, VCR498.

 

Fonte : VIVAI COOPERATIVI RAUSCEDO  

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