É uma das cepas mais antigas e difundidas entre as uvas de mesa, pelo que foi designada com
muitos sinónimos. Conhecida como Dattier de Beyrouth em França, Afouz Ali ou Bolgar na Bulgária,
Aleppo na Roménia, Rasaki nas Ilhas do Egeu. Em Itália conhece-se geralmente como Regina, mas
também Pergolone (Abruzzo), Inzolia Imperiale (Sicília), Menavacca (Puglia, Calábria e Campánia).
A sua origem é possivelmente oriental, talvez síria, embora não se saiba quando chegou à Europa,
provavelmente na antiguidade, antes da era Cristã. Poucas cepas podem orgulhar-se de uma antiguidade
de cultivo semelhante e áreas de difusão tão estendidas, identificada em quase todos
os países produtores de vinho do Mediterrâneo.
Caraterísticas ampelográficas: pâmpano de ápice expandido-globoso, verde com margens
bronzeadas-rosadas. Folhas apicais um pouco dobradas de cor verde-dourada translúcida
com tons bronzeados-rosados e glabra. Folha média, pentagonal, tripentalobulada com seio
peciolar com base em U, margem ondulada, quase lisa, glabra de cor verde clara. Cacho grande,
longo, piramidal ou cilíndrico, solto, alado com uma ou dos alas. Bago grande de forma elíptica;
película com muita pruína, ligeiramente espessa de cor amarela dourada; polpa crocante,
doce de sabor neutro.
Caraterísticas fenológicas e agronómicas:
Época de abrolhamento: tardia.
Época de maturação: tardia.
Vigor: bom.
Fertilidade real: 1.10.
Produção: boa.
Peso cacho: 600-700 g.
Peso bago: 7-9 g.
Sementes: 2 por bago.
Teor de açúcar: 15-16%.
Acidez total: 5‰.
PH: 3.32.
Resistência ao transporte: elevada.
Formação e poda: exige formas expandidas e podas longas.
Sensibilidade às doenças e adversidades: sensível ao míldio, oídio e escoriose. Avaliação qualitativa:
ótima pelo seu sabor e aceite por um grande grupo de consumidores; boa resistência
ao transporte e à vida útil na planta.
Clones em multiplicação: Regina ISV 6, ISV 9: referem-se ao biótipo Inzolia ou Pizzutella, caraterizado
por bagos cilíndricos alongados.
Outros clones em multiplicação: Inra-Entav 304, 966.